Psicologia debate políticas públicas e apresenta pesquisa sobre violências contra população LGBTQIA+
Os cursos de Psicologia da Unoesc São Miguel do Oeste e Pinhalzinho e os Centros Acadêmicos realizaram, recentemente, o evento on-line: “Por um Extremo- oeste catarinense com políticas de combate à LGBTfobia e uma Universidade de todas as cores a serviço das vidas LGBTQIA+”. Durante o debate, foram abordados sobre diversidade de gênero, identidade e […]
Publicado em 07/07/2021
Por ADM UNOESC

Os cursos de Psicologia da Unoesc São Miguel do Oeste e Pinhalzinho e os Centros Acadêmicos realizaram, recentemente, o evento on-line: “Por um Extremo- oeste catarinense com políticas de combate à LGBTfobia e uma Universidade de todas as cores a serviço das vidas LGBTQIA+”. Durante o debate, foram abordados sobre diversidade de gênero, identidade e expressão sexual, violência de gênero, direito de amar e existir, entre outros.
Segundo a coordenadora do curso de Psicologia da Unoesc São Miguel do Oeste, professora Lisandra Antunes de Oliveira, foram debatidas políticas públicas para a população LGBTQIA+.
— O evento cumpriu o seu papel de mobilizar, falar e trazer à tona pautas, que a Psicologia tem no cerne de sua profissão. Mais uma vez, a Psicologia assume o seu papel social de representatividade na comunidade — afirma a professora.
O coordenador de Psicologia da Unoesc Pinhalzinho, professor Álvaro Mahl, destaca a importância de eventos como esse.
— É importante termos espaços para reflexões, que visam movimentos de combate a preconceitos e a violências — avalia o professor.
De acordo com a acadêmica Maiane Carolina Mattos, é importante que eventos como esse sejam realizados para que a população saiba o contexto em que se encontram as violências e os enfrentamentos.
— É muito importante também a união dos órgãos municipais e dos setores de segurança pública, a fim de discutir e pensar alternativas para ajudar a construir políticas públicas e leis, que garantam a segurança, o respeito e a liberdade de ser — conclui a acadêmica.
A presidente do Centro Acadêmico de Psicologia, Fernanda Preuss, avaliou positivamente o evento.
— O evento contou com a participação de profissionais das mais variadas áreas, o que tornou o debate ainda mais rico. A Universidade é um local de diálogo e de construção de visões críticas, pois além de profissionais, forma seres humanos. Por isso, discutir temas relevantes na sociedade é essencial — destaca Fernanda.
O evento foi ministrado pelo professor Anderson Schuck; pela advogada Maria Tereza Capra; pela delegada da Delegacia de Proteção à Criança, Adolescente, Mulher e Idoso (DPCAMI), Lisiane Junges; pela presidente da União Nacional LGBT (UNA), Carolina Listone; pelo diplomado do curso, Emanuel da Silva; pelos acadêmicos Elienay de Oliveira, Fernanda Preuss e Eduardo Perotti.
PESQUISA SOBRE AS VIOLÊNCIAS CONTRA A POPULAÇÃO LGBTQIA+
Durante o evento, o professor Anderson Schuck também apresentou a pesquisa, que teve o objetivo de compreender as manifestações da violência contra a população LGBTQIA+ no Extremo-oeste catarinense. O estudo contribui para pensar possibilidades de enfrentamento dessa realidade na perspectiva da garantia de direitos humanos.
Segundo o professor Anderson Schuck, a pesquisa contou com a participação de 200 pessoas da região, que se identificam como LGBTQIA+.
— De modo geral, 73% dos participantes reconhecem a vivência de violências, que se relacionam com um cenário marcado pelo conservadorismo e pela moral religiosa. Elas ocorrem, principalmente, em contextos do seu cotidiano: na família, nos relacionamentos, no trabalho e na escola. Além de serem reproduzidas em espaços, que deveriam ofertar proteção, cuidado e denúncia das violências — detalha o professor.